Quinta, 26 Novembro 2009

Tocantins é 3º no ranking de mães adolescentes e jovens

Segundo dados do IBGE, 25,18% dos 23.536 nascimentos ocorridos em 2008 foram de mães com menos de 20 anos

As informações mais recentes das Estatísticas do Registro Civil (ERC) publicadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao ano de 2008, apontam que o Tocantins apresentou, entre os demais estados brasileiros, o terceiro maior percentual de nascimentos de mães com menos de 20 anos. Enquanto no Brasil esse percentual é de 19,4%, no Tocantins, 25,18% dos 23.536 partos realizados em 2008 foram em mães adolescentes e jovens, ficando atrás apenas do Pará (26%) e do Maranhão (26,2%). Segundo os dados, 1,3% dos casos (306) são de mães com menos de 15 anos de idade, enquanto 23,88% (5.621) estão entre 15 e 19 anos; para todos estes registros, não houve ocorrência de óbito das crianças no nascimento.

Segundo o IBGE, as Estatísticas do Registro Civil ocorrem anualmente e “constituem um importante instrumento no acompanhamento da evolução populacional no País, proporcionando, além de estudos demográficos, subsídios para a implementação de políticas públicas e o monitoramento do exercício da cidadania”. De acordo com a agente de pesquisa do IBGE no Tocantins, Alana Barbosa Rodrigues, os números apurados pelas ERC terminam por retratar de forma fiel a realidade dos estados brasileiros.

“A metodologia do levantamento dos dados é dada não por amostragem, mas, sim, por coletagem, pois acionamos os cartórios, tabelionatos, varas de família e todo tipo de órgão responsável pelo registro dos itens que as ERC comportam. Desta maneira, a precisão do que de fato existe e ocorre em cada região é muito grande”, afirma. “Nós sabemos, pelo trabalho presencial, que os casos de mães adolescentes e jovens ocorrem, majoritariamente, nos municípios dos interior tocantinense.”

VIOLÊNCIA

O Tocantins encontra-se acima da média nacional também em relação aos índices de óbitos violentos - homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. No Estado, 15,6% das mortes masculinas foram violentas, e 5,2% das ocorrências com mulheres se deram desta forma. Tratando-se do panorama nacional, 14,7% dos óbitos de homens e 3,81% das mortes femininas ocorreram de forma violenta. No ranking dos Estados, em termos de óbitos violentos, o Tocantins figura em 7º (feminino) e 14º (masculino).

Segundo Alana Rodrigues, os números não remetem, necessariamente, a uma visão de que o Estado é violento. “As coletagens mostram que os altos índices se referem a mortes ocorridas em acidentes de trânsito, principalmente na Capital. Ou seja, cada ponto deste pode receber as devidas ações educativas e corretivas para sanar com as demandas específicas.”

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REGISTROS
Segundo o IBGE, os resultados apresentados no levantamento refletem os assentos de nascidos vivos, casamentos, óbitos e óbitos fetais informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, e de separações e divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis e Tabelionatos de Notas, que por força da Lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007, passaram a realizar as separações e divórcios consensuais que não envolvessem filhos menores ou incapazes.

Fonte: Jornal do Tocantins