Quinta, 01 Agosto 2019

Anced questiona em nota posicionamento da ministra Damares Alves

Através de Nota Pública, a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – Anced/Seção DCI Brasil repudia declaração da Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que afirmou, de maneira irresponsável, que as meninas da ilha do Marajó são estupradas porque não usam calcinhas. Confira abaixo o posicionamento.

NOTA PÚBLICA ANCED – DECLARAÇÃO DAMARES ALVES

A Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – Anced/Seção DCI Brasil, vem a público repudiar à declaração feita pela Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, no dia 24 de julho de 2019, durante a apresentação dos resultados do programa Abrace o Marajó.

Em sua fala totalmente desconectada com a responsabilidade na defesa dos direitos humanos, a ministra afirmou, de maneira irresponsável, que as meninas da ilha do Marajó são estupradas porque não usam calcinhas. Apresentando como resposta do executivo federal, para combater a violência sexual sofrida pelas adolescentes do Marajó, a instalação de fábricas de calcinhas na região.

Não é de se espantar uma postura dessas, de um representante desse atual governo, que trata situações complexas, com respostas simples e amadoras, sem levar em consideração os dados e produção existentes sobre o fenômeno. No entanto, ao fazer essa afirmação, a Ministra responsabiliza as meninas por serem vítimas de abuso, exploração sexual e estupro, fortalecendo uma cultura violenta e machista.

A solução para esse grave problema, depende de um esforço conjunto das políticas públicas e o respeito intransigente aos direitos de meninas e meninos vítimas de violência, com ações que coloquem a salvo de qualquer tratamento cruel e degradante.

A Anced/Seção DCI Brasil, através de todos os Centros de Defesa filiados, repudia veementemente a fala da Ministra e publicamente pede respeito as crianças e adolescentes da Ilha do Marajó.

Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced/Seção DCI Brasil)

Clique aqui para baixar a nota.

Fonte: Ascom/ Anced