Terça, 12 Julho 2022

Discentes dão depoimentos sobre Curso Educação Não Violenta do Cedeca

Discentes dão depoimentos sobre Curso Educação Não Violenta do Cedeca

Izadora Porto/Estagiária de comunicação

Voltado para capacitar profissionais que trabalham com adolescentes em conflito com a Lei, acolhimento familiar e comunitário e com o sistema de educação, o minicurso Assessores Populares Educação Não Violenta finalizou sua primeira edição deste ano. Os/as cursistas relataram sua experiência com a formação, desenvolvida pelo Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente - Cedeca Glória de Ivone, por meio do Projeto Escola Inéditos Viáveis, apoiado pela Fundação alemã Misereor.

Para a Ediane Nascimento, residente de Tocantinópolis e discente do curso, as aulas expuseram diversas formas de trabalhar com crianças e adolescentes, sem demonstrar superioridade ou causar um sentimento de medo nas mesmas. “O Curso veio para mostrar que o diálogo sempre foi o caminho certo, veio desconstruir a ideia de que a educação é através da comunicação violenta”, afirma Ediane.

Para Antônio Braz, residente Teresina (Piauí) e também discente do curso, as aulas foram bem esclarecedoras tanto para a prática profissional, quanto para prática pessoal. Segundo o piauiense, o minicurso traz temas bastantes relevantes e importantes para a sociedade. “Eu vi isso como uma oportunidade para agregar mais conhecimento para o meu dia a dia. Esse minicurso contribui para os próprios adolescentes que vão receber esse atendimento diferenciado”, afirma.

Antônio ainda diz que se sente muito grato por ter participado e ter trocado experiências com as pessoas que também participaram do curso Educação Não Violenta. “Os debates vão fazer muita diferença para minha atuação, em qualquer lugar que eu estiver. Esse coletivo foi premiado por ter a chance de ter participado das aulas”, finaliza.

Elânia Francisca, psicóloga e professora do Curso, detalha que o curso é uma formação intensiva com duração de cinco dias.

“Nós abordamos temas como o antigo código de menores, documento que promoveu o esteriótipo violento em crianças e adolescentes, sobretudo aquelas pretas e de baixo nível socioeconômico. E também trabalhamos o ECA, que traz uma proposta de protagonismo infanto juvenil”, afirma Elânia.

A professora complementa que a formação objetiva estimular a reflexão em torno do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e de uma sociedade com relações anti-adultocêntricas e saudáveis com o público infanto juvenil.