Cedeca promove roda de debate com CAI 18 de Maio
O Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - Glória de Ivone, realizou no dia 26 de maio uma formação sobre proteção jurídica social para os/as detentores de deveres que atuam no CAI (Centro de Atendimento Integrado) 18 de Maio e demais trabalhadores da educação e assistência social de Palmas. A ação tem como objetivo disseminar a metodologia de trabalho do Cedeca no acompanhamento de casos emblemáticos e incidir para que os atores públicos possam aperfeiçoar os serviços prestados às crianças e adolescentes em situação de violências. Essa é uma atividade parte do programa CUIDAR, com apoio das fundações alemãs KNH e Misereor.
Coordenadora de projetos do Cedeca, Bárbara Xavier, explica que esta atividade foi planejada visando promover a socialização das metodologias e troca de conhecimentos sobre as ações do CAI e do Cedeca no que se refere a proteção jurídico social, priorizando a prevenção de violências institucionais e mitigação risco e danos possíveis.
“O Cedeca socializou as metodologias utilizadas para promover a proteção jurídico social, o direito à participação e o que significa a PPI [Política de Proteção Institucional], no intuito de incentivar os serviços, como o CAI e as escolas, a construírem as suas próprias políticas de proteção a crianças e adolescentes”
Izabella Santos, psicóloga do CAI 18 de Maio, conta que o encontro foi uma oportunidade de discutir sobre temas relacionados à defesa dos direitos da criança e adolescente, além de conhecer mais sobre as ações e funcionamento do Cedeca.
“Considero que a metodologia para esse encontro também foi bastante acertada, uma vez que proporcionou diálogos, reflexões criticas e proposições para questões-problemas discutidas pelos/as participantes”, afirma.
Segundo a psicologa, esse vínculo é de extrema importância para que as redes de proteção dos direitos infantojuvenis sejam influenciadas para uma atuação mais articulada e integrada. Dado que, os planos de cuidado voltados para a superação de violência devem ser de responsabilidade de todos/as atores/as envolvidos/as.
“Isso é imprescindível para que a rede de conheça e consiga se comunicar eficazmente ao longo dos atendimentos ou acompanhamentos dos casos, compartilhando informações, discutindo possíveis encaminhamentos e construindo planos de cuidado de maneira corresponsável”, finaliza.
Essa foi uma primeira atividade pedagógica desenvolvida pelo Cedeca que visa compartilhamento de experiências e busca de parcerias para a execução, de forma da defesa infantojuvenil do estado Tocantins, entre as organizações envolvidas na área infantojuvenil.
Rede de Proteção
A rede de proteção, cuja existência está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é uma articulação entre os diferentes atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos, formada por órgãos da saúde, educação, assistência social, segurança pública, entre outros.
Essa atividade coletiva tem como função primordial à promoção, proteção e o controle social referente às violações de direitos a crianças e adolescentes. Sejam essas violações em escolas, sistema judiciário, setor de saúde, assistência social e/ou família, a rede implementa ações para o enfrentamento e cessamento dessas violações.
