CPI da Câmara tem audiência pública hoje em Palmas
A deputada federal e membro titular da CPI das Crianças Desaparecidas Nilmar Ruiz (PR), solicitou audiência pública hoje, na Assembleia Legislativa Estadual (AL), às 14h30. O objetivo do encontro, segundo a parlamentar, é fazer um alerta à sociedade para a constatação da secretaria, ouvir autoridades do Estado e investigar as causas, consequências e os responsáveis pelos desaparecimentos de crianças e adolescentes no Tocantins. Nilmar considera os números da Secretaria alarmantes, fazendo com uma das intenções da Comissão é desenvolver ações que possam reduzir a quantidade de famílias que sofrem a perda de um filho desaparecido.
A deputada frisa, que os depoimentos de pais e mães feitos na CPI são comoventes, pela incerteza que os pais vivem de não saberem se os filhos ainda estão com vida. “A sociedade precisa fazer alguma coisa para reduzir esse sofrimento”, defende Nilmar.
Entre os trabalhos realizados pela CPI no Tocantins, haverá a oitiva do Secretário da Cidadania e Justiça do Tocantins, Carlos Alberto Dias de Morais; do Secretário da Segurança Pública do Tocantins, Geraldo Donizete; da Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Tocantins, Maria Alice de Araújo; da Delegada Titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente no Tocantins, Edissonina Alves da Silva; da Juíza de Direito da Vara da Infância e da Juventude, Dra. Silvana Maria Parfieniuk; do Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins, Coronel Joaidson Torres de Albuquerque; da Delegada Titular da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (DECA), Juliana Mojura Amaral Quintanilha; e da Assessora de Gabinete da Delegacia Geral da Polícia Civil, Milena Coelho Jorge Albernaz. (Com informações da Ascom de Nilmar Ruiz)
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), em 2009, foram registrados 223 casos de pessoas desaparecidas no Tocantins, 109 com idade de 0 a 17 anos e 94 de 18 a 64, sete com 65 ou mais e 13 com idade ignorada. Dos 223, menos da metade foi localizado (102). Na faixa etária de 0 a 17 anos, desaparecem mais mulheres e dos 18 a 64 anos são os homens que mais desaparecem. Em Palmas, 52 pessoas desapareceram no ano passado, sendo 35 de 0 a 17 anos, oito dos 18 a 64 anos, dois com 65 ou mais e sete com idade ignorada. Trinta e quatro das 52 pessoas foram encontradas. (Theíza Cristhine e Eduardo Lobo)
Fonte: Jornal do Tocantins
