Sexta, 16 Abril 2010

Seminário discute formas de violência infantil

O Seminário Estadual de Avaliação e Revisão do Plano de Enfrentamento do Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, promovido pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), terminou ontem com a elaboração e renovação do Plano Estadual de Enfrentamento do Abuso e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil. “O resultado foi excelente, não só pela construção do plano de erradicação do abuso e da violência sexual contra a criança no Estado mas pela abrangência de outros temas de trabalho, como o trabalho infantil que também é uma violência contra a criança e as mudanças do Estatuto da Criança e do Adolescente com relação a adoção”, comentou a presidente do Cedca, Maria Alice de Araújo.

Segundo a coordenadora da Ong Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Glória de Ivone (Cedeca-TO), Simone Brito, o Plano Estadual foi reformulado no seminário pelos grupos de capacitação com participação de técnicos governamentais, não governamentais, adolescentes, representantes de conselhos tutelares formando um conjunto de propostas e ações pela erradicação da violência à criança e ao adolescente, com vigência até 2014.

CICLO
O tema do trabalho infantil como violência à criança encerrou o ciclo de palestras do evento. A médica pediatra Cláudia Mulhões revelou que 15% das crianças entre 15 e 17 anos trabalham no Tocantins, de acordo com o diagnóstico preliminar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Em seguida, pontuou os problemas gerados pela prática do trabalho infantil, como a dificuldade no desenvolvimento físico da criança, a mudança na musculatura, estrutura óssea e pulmonar - por serem órgãos em desenvolvimento.

“Outros fatores como desgaste psicológico e estresse emocional violam o direito da criança ao desenvolvimento social e comunitário, atropelando as etapas mais importantes de sua vida, que é a infância e adolescência”, acrescentou Cláudia. (Jarlene Souza)

Fonte: Jornal do Tocantins