Mortalidade infantil é desafio no TO

Estado é o 26º no Brasil em redução de mortes entre menores de 5 anos; na educação, desempenho tocantinense é o 2º melhor do País aponta relatório

O Tocantins tem um longo caminho a percorrer para alcançar, até 2015, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000, por ocasião do pacto internacional de 191 países pela diminuição da pobreza no mundo. A começar pelo seu pior desempenho, a redução da mortalidade infantil, cujo objetivo coloca o Estado em 26º lugar no ranking dos estados e Distrito Federal, com uma taxa de mortalidade de 19,7 menores de cinco anos por um mil nascidos vivos em 2008. Por outro lado, o Tocantins evoluiu significativamente no quesito educação, onde ocupa a honrosa segunda posição na evolução do indicador referente à conclusão do ensino fundamental por adolescentes de 15 a 17 anos.

Esses e outros dados foram apresentados ontem, no seminário de apresentação do 4° Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, promovido pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), Secretaria da Presidência da República, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade (Nós Podemos) e Prefeitura de Palmas. O evento teve como objetivo divulgar os avanços no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no Brasil e no Tocantins e também promover o debate entre sociedade e poder público sobre as medidas necessárias para alcançar os oito objetivos e as metas pactuadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) até o ano de 2015.

MORTALIDADE
No período de 1994 a 2008, o Tocantins atingiu apenas 10,3% da meta de reduzir a taxa de mortalidade infantil de 21 (em 1994) para 7,1, tendo reduzido apenas 6,9%, isto é, para uma taxa de 19,7 por mil nascidos vivos (menores de cinco anos). O objetivo de melhorar a saúde materna também está longe de ser alcançado pelo Tocantins, que em vez de reduzir a taxa de mortalidade materna no período de 1996 a 2008, sofreu um aumento de 143%, segundo os números apresentados ontem, com base em dados do Ministério da Saúde/Datasus. Em 1996, a taxa de mortalidade materna era de 37 por cem mil nascidos vivos. Em 2008, subiu para 91, sendo que a meta para 2015 é chegar a uma taxa de 9,3. Esse desempenho coloca o Tocantins na 23ª posição em termos de evolução do indicador, visto que teve um desempenho negativo no período analisado.

EDUCAÇÃO
Embora necessite avançar em mais da metade das metas da ONU, é na educação que o Tocantins apresenta seu melhor desempenho, ocupando a segunda posição no ranking nacional no que diz respeito à taxa de frequência e conclusão no ensino fundamental e médio. Segundo o relatório, o Estado alcançou 95% da meta, que é garantir, até 2015, que todas as crianças de ambos os sexos, terminem o ensino fundamental. O indicador evoluiu de 61% em 1991, para 95% em 2008. (Colaborou Valéria Kurovski)

ODM

1-Erradicar a extrema pobreza e a fome
2-Universalizara educação primária
3-Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
4-Reduzir a mortalidade na infância
5-Melhorar a saúde materna
6-Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças
7-Garantir a sustentabilidade ambiental
8-Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

Fonte: Jornal do Tocantins