Quarta, 27 Março 2013

Cedeca e Anced realizam fórum dos adolescentes em Brasília

Cedeca e Anced realizam fórum dos adolescentes em Brasília

Durante os dias 21 e 22 de março, adolescentes de todo o Brasil participaram de atividades intensas no Fórum Nacional de Adolescentes, realizado no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília.
No decorrer das atividades do Fórum, os adolescentes puderam trocar experiências por meio de dinâmicas, troca de experiências e a construção de propostas futuras na perspectivas dos direitos humanos no sistema de justiça juvenil.
Para a adolescente, Gislane Barreira, que veio para o Fórum por meio do projeto Educomunicação do Cedeca “Glória de Ivone”, o evento foi positivo porque promoveu a interação entre jovens protagonistas, representantes de instituições, com aqueles inseridos no sistema de justiça juvenil: “O adolescente que cumpre medida socioeducativa, muitas vezes se sente inseguro e tem medo de contar o que realmente acontece no período de internação , mas a partir do momento em que ele percebe a existência de instituições interessadas em apoiá-los, ele se sente seguro em apresentar os problemas e, assim, buscar soluções. ’Ninguém melhor para apresentar um problema do que aquele que o vive’, diz Gislane.
Para a organização do evento, adotar a metodologia participativa utilizando-se de recursos das artes cênicas, artes plásticas e música, facilita a abordagem de temas mais complexos como violência institucional, direito à participação, acesso à Justiça, entre outros: “ esse espaço propicia a participação do adolescente de forma que possa discutir livremente sobre sua situação do sistema socioeducativo”, ressalta Simone Brito.
Segundo a articuladora do projeto Renade, Mônica Brito, a expectativa é que, a partir das atividades propostas no Fórum, os adolescentes possam dar novas ideias e soluções que virão contribuir para a melhoria do sistema socioeducativo brasileiro, por meio de encaminhamentos do projeto Renade.
De acordo com relatórios de acompanhamentos dos Centros de Defesa a falta de capacitação dos agentes e socioeducadores, o abuso de poder, a violência e a inadequação da estrutura física são recorrentes na maioria das unidades do país. Para os atores do sistema de garantias de direitos a promoção de ações que venham afirmar o direito à participação de adolescentes os fortalecem como cidadãos, além de contribuir para inserção das normas globais de direitos humanos na justiça juvenil no Brasil.